Depois de mais de tantos posts, vocês não devem mais aguentar ouvir ler sobre Rússia, né? Por mais que o assunto seja apaixonante (pelo menos para mim!), está mesmo na hora de mudar de assunto, ou melhor de seguir viagem! Já estou ansiosa para contar sobre os Países Bálticos e descobrir se vocês vão gostar deles tanto quanto eu. Mas, para fechar a série sobre São Petersburgo com chave de ouro, tenho que comentar alguns detalhes que não poderiam ficar de fora. Prometo que é o último!
COMIDA RUSSA
Nós acabamos não nos aventurando muito pela culinária russa, mas até que começamos bem. Nas nossas primeiras horas na cidade experimentamos uma de suas especialidades, o blini, uma espécie de crepe, com sabor não muito diferente do que conhecemos. O recheio pode ser doce ou salgado e as opções são infinitas. Na Rússia eles são muito comuns e estão em todo canto (até mesmo no cardápio do nosso café da manhã simplesinho). Mas nosso encontro se deu no Теремок (pronuncia-se Teremok), uma rede de fast food russa especializada em blinis. Não se preocupe em procurar endereços! São dezenas de lojas espalhadas pela cidade e com certeza você irá se deparar com alguma(s). Eles possuem cardápio em inglês. É barato e prático, ótimo para os momentos de pressa e preguiça de procurar um lugar para comer.
No último dia, quando percebemos que estávamos indo embora sem testar nossos paladares, enfim comemos o pelmeni, uma espécie de pastelzinho recheado cozido. A descrição me lembrava um guioza, que não me agrada muito, e acho que foi por isso que não ficamos ansiosos para experimentá-lo. Mas não dava para passar pela Rússia sem provar um de seus pratos mais típicos. Escolhemos um restaurante totalmente influenciados por seu nome: Pelmeny Bar (Gorokhovaya ul 3). O ambiente é bem legal, com uma decoração que eu imagino que tenha a cara das casas do interior da Rússia. E o pelmeni? Bom, não morri de amores, não… Mas valeu a experiência!
Nesse restaurante tivemos um pequeno problema na hora de pagar a conta. Por algum motivo desconhecido, não conseguimos passar o cartão de crédito. A máquina retornava uma mensagem de erro, em russo, claro, que a atendente nos mostrava, mas ninguém lá falava inglês para nos explicar. Com certeza era um problema na máquina deles, mas já havíamos colocado a senha e ficamos com medo de termos uma surpresa quando a fatura chegasse. Felizmente nada foi debitado! Foi a única vez que tivemos problemas com o cartão de crédito durante toda a viagem.
NOIVAS
Eu já tinha lido sobre a enorme quantidade de casamentos que os turistas presenciam na Rússia, mas não imaginava que veria tantas noivas! Ou melhor, noivas, noivos e o resto da família! Não sei se os casamentos acontecem nas igrejas, mas antes ou depois eles saem em carros enormes ou limusines enfeitadas para tirar fotos e comemorar nos pontos turísticos da cidade. A Ilha Vasilevsky é um ótimo ponto de observação, principalmente nos fins de semana. São dezenas de noivas e fotógrafos em busca dos melhores ângulos para fotos. Alguns casais vão para a beira do rio e ali realizam uma cerimônia, com direito a troca de votos, foguetes e pombas sendo devolvidas ao seu habitat natural. Ficamos horas vendo os noivos, sempre novinhos e às vezes moderninhos, passando por ali. É hipnotizante!
TRANSPORTE
O trânsito de São Petersburgo é caótico, por isso o carro não é a melhor opção de transporte. Para ver a Nevsky Prospekt tranquila, só mesmo passando por lá bem cedinho. Mas a cidade é linda e plana, por isso a melhor forma de conhecê-la é a pé. As atrações às vezes ficam distantes umas das outras, mas o caminho compensa. Andamos muito, muito mesmo! No fim dos dias nossos pés estavam dormentes, mas eu sempre prefiro assim!
Só usamos o metrô em duas situações: uma para ir à estação de ônibus, no dia de ir embora, e outra no dia anterior, para ir do Museu Dostoiévski à Fortaleza de São Pedro e São Paulo. Foi tranquilíssimo! Há informações em inglês e basta ter um mapinha do metrô em mãos para se virar bem. Mas eu ainda defendo a caminhada! Com ruas tão lindas do lado de fora, é um verdadeiro pecado se esconder debaixo da terra!
Vi algumas noivas, apesar do invernão (elas colocavam um casaquinho de peles por cima!), mas não tinha me fixado muito, pois aqui em Paris a gente vê noivas por centenas!!!
Sobre esses pasteizinhos, é verdade que só cogumelos na minha opinião tudo fica sem gosto mesmo… Mas outro recheio vegetariano tradicional é de repolho (com ou sem cenoura). E é claro que eu provei o strogonoff!!! Mas se vc não come carne aí ficaria difícil mesmo! Adorei as comidinhas, mas tudo simples, ao menos não provei nada de sofisticado (e achei ótimo!)
Milena, acho que esse negócio de noivas tirando fotos nas ruas é bem comum na Europa, né? Mas o que achei legal na Rússia é que não eram só fotos. A família e os amigos muitas vezes estavam lá também. A comemoração parecia acontecer ao ar livre, sabe?
No restaurante em que comi o pelmeni o único recheio vegetariano era o de cogumelos. Por causa da minha restrição ao shitake, eu preferia escolher outro, mas não tinha… :-(
mas, afinal, o que tem dentro dos pasteis? fiquei curiosa!
Mirelle, o do Eduardo era de carne, que é o recheio mais comum. De acordo com o Wikipédia, a receita tradicional leva carne de boi e de porco. ;-) O meu era de cogumelos. Talvez seja por isso que eu não tenha gostado muito. Eu não gosto de shitake e quando querem agradar os vegetarianos sempre colocam shitake! rsrs Mas era a única opção vegetariana…