Restaurantes em Pucón

As grandes cidades costumam ser os melhores lugares para se comer bem, mas às vezes a oferta é tão grande que eu me sinto perdida. Foi o que aconteceu em Santiago. Na hora de escolher ficávamos indecisos e acabávamos comendo no primeiro lugar pelo qual passávamos quando a fome apertava. Em Pucón foi diferente. A cidade é pequena, mas cheia de bons restaurantes. Por ser exclusivamente turística, há opções para todos os gostos e bolsos. Eu me surpreendi com a ótima recepção aos vegetarianos. Comi muito bem! Como fazíamos os passeios durante o dia (Lago Caburgua, Vulcão Villarrica), acabávamos não almoçando, mas à noite procurávamos um lugarzinho legal para compensar os lanches do dia. Nem seria preciso dar indicações, pois em uma voltinha na cidade qualquer um encontra todos os restaurantes da cidade, mas vou deixar aqui minhas dicas testadas e aprovadas.

Trawen

Nossa primeira experiência gastronômica aconteceu assim que chegamos a Pucón. Depois de uma noite no ônibus, estávamos morrendo de fome. Ainda era cedo e fomos em busca de um bom café da manhã. Escolhemos o Trawen (Bernardo O’Higgins, 311), que tem alguns menus a preço fixo para desayuno. Eu pedi torradas francesas e o Eduardo omelete, acompanhados de sucos, chás e saladas de frutas. Era muita coisa, nem consegui comer tudo! O restaurante é bem legal e fiquei com vontade de voltar lá para fazer outra refeição, mas acabou não dando tempo. A conta: 7.700 pesos.

O engraçado é que no Chile eu quase não tive oportunidade de praticar meu parco espanhol. Os chilenos já falam bem português e fazem questão de praticar conosco. E no Trawen o garçom que nos atendeu ainda por cima era brasileiro! Nascido no Brasil, filho de pai brasileiro e mãe chilena, mas morando no Chile há muitos anos. Mesmo com seu sotaque carregado, ele falava português e eu perdi mais uma chance de tentar falar mais do que nosso famoso portunhol. ;-)

Chef Pato

À noite recorremos à manjada salvação dos viajantes: pizza! Passamos em frente ao Chef Pato (Bernardo O’Higgins, 630),  e a decoração nos atraiu. O lugar mais parece um museu, com “quinquilharias” espalhadas por todos os cantos. Pedimos meia pizza e, por medo de passarmos fome e também para passar o tempo, pedimos também uns bolinhos de batata de entrada. Nem precisava! A pizza era deliciosa e muito bem servida. Recomendo! A conta: 12.100 pesos.

¡école!

Eu estava ansiosa para conhecer o ¡école! (General Urrutia, 592). Imagina só, um restaurante vegetariano! É claro que eu não deixaria de conhecer! E fiquei apaixonada! O lugar é uma gracinha, o atendimento super gentil e a comida deliciosa. E não é só porque sou vegetariana. O primeiro lugar no ranking dos restaurantes de Pucón no tripadvisor comprova minha opinião. Eu escolhi a Lasaña de verduras e o Eduardo pediu os Ñoquis, ambos deliciosos. Os dois pratos são acompanhados por saladas. A lasanha é super bem servida, mas o nhoque nem tanto. Para fechar com chave de ouro, na hora da sobremesa saiu uma torta de limão do forno e nem consegui esperar esfriar. Não deu tempo nem de tirar fotos. A conta: 16.000 pesos.

Lá descobri o ¡école! é também um hostel, com quartos compartilhados e privados. Fiquei com vontade de me hospedar lá.

Lounge Brasil

Esse foi dica da Natália, que ficou hospedada do Lounge Brasil (Colo Colo, 485) e me disse que comeu uma pizza vegetariana deliciosa na cafeteria do hostel. Fiquei animada quando vi no meu a hamburguesa vegetariana, mas no dia não havia hambúrguer (isso sempre acontece!). Então pedimos a pizza que a Natália havia recomendado, com direito a massa integral e tudo. Mas o mais legal no cardápio são os deliciosos sucos naturais. Na hora do lanche ou quando der vontade de comer uma refeição mais leve, o Lounge Brasil é uma ótima opção. A conta: 11.800 pesos.

Em todos esses lugares nós fomos muito bem recebidos. Fiquei com vontade de retornar a todos para experimentar outras opções do cardápio, mas não deu tempo. A única má experiência que tivemos foi tarde da noite, após voltarmos das Termas. Ficamos com preguiça de voltar ao hotel para tomar banho, então fomos lanchar direto, bem maltrapilhos. Como não estávamos em condições de entrar em um restaurante, inventamos de comer sanduíches em uma lanchonete chamada 2 1/2 (Palguin, 383). E foi péssimo! Foi tudo ruim: atendimento, comida, ambiente…  Foi a única péssima escolha, depois de três dias comendo muito bem nos Restaurantes em Pucón. Mas tínhamos que ter ido parar em um lugar assim para termos história para contar, né? ;-)