A Subida ao Vulcão Villarrica

Subida ao Vulcão VillarricaQuando o despertador tocou às 5h50 da manhã e abri os olhos no quarto ainda escuro, meu primeiro pensamento veio com um misto de ansiedade e arrependimento. Isso é hora de acordar durante as férias? O pior é que eu nem tinha a quem culpar, a ideia tinha sido minha mesmo. Seguimos pelas ruas de uma Pucón que ainda dormia até a agência, onde encontramos outros malucos sonolentos como nós. Experimentamos as roupas, botas e equipamentos que usaríamos e enchemos nossas mochilas, que já guardavam água e comida para o dia, com toda a tralha. O peso já indicava que a subida não seria tão fácil quanto eu imaginava.

Por volta das 07 horas da manhã entramos na van com o restante do nosso grupo: um coreano,  uma família argentina (pai, mãe e filha) e cinco chilenos (um rapaz sozinho, uma dupla de amigas e mãe e filha). Além deles, o motorista e os três guias que nos acompanhariam. A viagem durou mais de meia hora. Quando chegamos à base do Vulcão Villarrica, já era dia.

Na base do vulcão

A primeira parte da subida foi através de um teleférico, o que nos poupou cerca de uma hora de caminhada. Ele é opcional e custa 6.000 pesos por pessoa (valor em fevereiro de 2012), mas no nosso grupo ninguém foi bobo de recusar esse atalho. Nos dias de muito vento o teleférico não funciona, mas nós tivemos sorte de pegar um dia de clima tranquilo. Em alguns momentos ele atinge uma altura considerável e não há nenhum tipo de trava ou proteção à nossa frente, então é até fácil entender o porquê das restrições de funcionamento dependendo do tempo.

Teleférico no Vulcão Villarrica

Vista do TeleféricoTeleférico no Vulcão Villarrica

Só então começamos a subida de verdade, quando já era quase 9h. A primeira parte foi mais tranquila, ainda na terra, mas foi a mais longa. Caminhamos cerca de uma hora, fazendo uma pequena pausa no meio do caminho para beber água.  Nessa parte da montanha já havia neve, mas era possível se desviar dela e percorrer o trajeto seco na maior parte do tempo. Ali o sol já estava forte e o casaco foi parar na mochila.

Primeira parada

A neve ao nosso redor

Pelo caminho mais dificil

A pausa maior ocorreu antes de começarmos a caminhar na neve. Foi o descanso mais longo. Tivemos cerca de meia hora para lanchar, reaplicar o protetor solar e contemplar o visual ao nosso redor. Avistado de lá, o cume do vulcão nem parecia tão distante. Naquele momento os guias já tinham uma certa noção de quem conseguiria ou não concluir a empreitada e incentivaram aqueles que sentissem que não estavam bem a desistir, pois a partir dali a volta ficaria mais complicada. Até ali três mulheres do meu grupo já tinham desistido. Um dos guias não seguiu conosco e ficou nesse ponto, como base de apoio. Recebemos também mais instruções sobre o uso dos piolets, uma espécie de picareta utilizada para auxiliar e garantir a segurança nas escaladas/caminhadas na neve.

Pausa para o descanso

Pausa para o descansoPausa para o descanso

A vista na metade do caminho

O topo ainda distante

A segunda parte foi para mim a mais difícil de todas. Foi um longo trecho exclusivamente na neve e muito íngreme. E o mais difícil de tudo é que não dava para parar. Como nosso guia sempre repetia, o segredo da subida é o ritmo da caminhada. Na neve nós tínhamos que seguir todos um mesmo caminho, em zigue-zague, em velocidade constante. Quem vai atrás anda sobre as pisadas deixadas por quem vai na frente. Em alguns trechos as pisadas estavam tão bem marcadas que formavam buracos fundos onde nossos pés se encaixavam.

Ao meu cansaço se somava o medo de pisar errado e deslizar. Meus olhos se concentravam nos pés à minha frente, nada mais. Ao meu lado, apenas uma ladeira. Eu não me sentia segura o suficiente com meu piolet para garantir que conseguiria frear minha descida caso escorregasse. O frio da neve não conseguia combater o calor do sol nela refletido, mas a sede não era suficiente para que eu me atrevesse a pegar a garrafa d’água às minhas costas. O medo de me desequilibrar era maior. Essa insegurança acabou me deixando mais lenta e durante esse trajeto eu pensei várias vezes que não iria conseguir chegar ao final. Mas segui em frente, um passo após o outro, sem os escorregões que eu tanto temia.

Já exausta!

Zigue-zague

Depois de quase uma hora paramos novamente, antes de enfrentar a terceira e última etapa. Essa parte também foi um pouco difícil, pois era em um terreno muito íngreme cheio de pedras soltas. Era preciso ter bastante cuidado ao caminhar, mas pelo menos não havia mais neve e foi um trajeto bem curto.

E então, quase quatro horas após o inicio da caminhada, chegamos ao topo do vulcão! A sensação de vitória é indescritível! A euforia é tanta que a gente esquece todo o cansaço e a insegurança que sentimos durante o percurso. Naquela hora sentimos que tudo valeu a pena! Vencido o desafio, tudo o que queríamos era contemplar a vista que tínhamos a 2.843 m de altitude, nosso prêmio por não termos desistido.

No topo do Vulcão Villarrica

Conseguimos!

No topo do Vulcão Villarrica

No topo do Vulcão Villarrica

No topo do Vulcão Villarrica

No topo do Vulcão Villarrica

No topo do Vulcão Villarrica

A grande estrela lá em cima é a cratera do vulcão, é claro. Dizem que às vezes é até possível avistar a lava em seu interior, mas eu não tive coragem de chegar assim tão perto da borda para verificar. Sem contar que o cheiro de enxofre é insuportável! Mesmo quando não estávamos tão perto da cratera, quando batia um vento em nossa direção quase caímos para trás com o cheiro intoxicante!

Cratera do Vulcão Villarrica

Cratera do Vulcão VillarricaCratera do Vulcão Villarrica

Por causa dos gases, que realmente são tóxicos e que sopravam forte naquele dia, não pudemos ficar tanto tempo quanto queríamos lá em cima, mesmo tendo tempo suficiente para fazermos a volta com calma. Então logo vestimos nossas roupas para a descida: calça e casaco impermeáveis e uma pequena prancha que seria usada no skibunda, a forma mais rápida de descer o vulcão.

Preparados para o skibundaPreparados para o skibunda

Nós só temos fotos dessa atividade porque, felizmente, o coreano que estava no nosso grupo foi mais animado que os demais e nos fotografou enquanto descíamos. Graças a ele temos fotos ótimas do skibunda!

Skibunda

Skibunda

Skibunda

O trajeto de volta na neve durou cerca de uma hora. A maioria das pessoas acha divertido, mas eu achei também bem cansativo. Eunão conseguia pegar muita velocidade e pouquíssimas vezes precisei usar o piolet para frear. E nas partes que tínhamos que andar entre um tobogã e outro eu escorregava o tempo todo! Foi uma sequencia de tombos! Além disso, alguns trechos são um pouco perigosos. Em um deles o Eduardo, o chileno e o argentino passaram reto no final do tobogã. O chileno parou em uma ilha de pedras, o guia que nos esperava conseguiu segurar o argentino pela mochila e o Eduardo parou fincando o piolet na neve. Foi um momento meio tenso! A neve no verão é antiga e muito escorregadia, por isso é preciso tomar muito cuidado.

O restante do caminho foi pela terra, uma espécie de cascalho fofo e fundo. Não sei se era o cansaço, mas parecia que eu ainda estava andando sobre a neve, escorregando o tempo todo! Mas essa parte já era bem tranquila e sem perigos e os tombos eram motivos apenas de risada. Nós ficamos para trás do nosso grupo, parando para tirar fotos e aproveitando os últimos momentos.

Cansada!!!

Final do percurso

E aqui o nosso grupo, ou melhor, a parte dele que compartilhou a aventura até o final!

O argentino, o chileno, o coreano, o Eduardo e eu

Na volta avistávamos o Vulcão Villarrica, tão belo e inofensivo à distância. Quando chegamos a Pucón já passava das 16h. Estávamos exaustos, mas felizes.

Vulcão Villarrica

A experiência de subir o Vulcão Villarrica foi especial e inesquecível. Sem dúvida foi o ponto alto da viagem, mas eu não recomendaria a qualquer um sem antes fazer algumas considerações:

PREPARO FÍSICO: Eu não sou nenhuma atleta, muito pelo contrário. Há uns dois anos não faço nenhum exercício além de pequenas caminhadas no dia a dia. Não acho que seja preciso um preparo especial para subir o Vulcão Villarrica, mas um mínimo de preparo físico e de fôlego para aguentar as paradas ininterruptas são fundamentais.

ROUPAS: Vá com uma calça apropriada para trekking, meias, camiseta de manga longa (de preferência branca) para se proteger do sol, um casaco mais quente para o frio da manhã e óculos de sol. As agências fornecem as outras roupas e equipamentos necessários. Não se esqueça do protetor solar! E da máquina fotográfica, é claro!

COMIDA: É preciso levar tudo o que será consumido no dia. Nós levamos umas empanadas, chocolate, sucos e 2 litros água para cada um de nós e foi mais do que suficiente. Na verdade até sobrou. Em Pucón há bons supermercados onde é possível comprar os lanches, mas lembre-se de que a água a ser levada deve ser sem gás, pois as embalagens de água gaseificada podem estourar no percurso.

SEGURANÇA: A subida ao vulcão Villarrica é considerada fácil, pois não exige conhecimentos técnicos. É possível atingir o topo apenas caminhando. Ainda assim a atividade envolve riscos e por isso não é aconselhável subir sem um guia especializado ou com autorização da CONAF. Eu achei perigoso, mas vocês devem ter percebido pelo meu relato que eu sou bem medrosa, além de não estar acostumada a esse tipo de esporte.  Três semanas depois um brasileiro e um mexicano morreram no vulcão, o que me deixou ainda mais impressionada. Mas as estatísticas confirmam que foi uma fatalidade: cerca de 18 mil pessoas sobem o vulcão anualmente e nas últimas 3 décadas 8 pessoas morreram. E não se esqueça de jeito nenhum do seguro de viagem!

AGÊNCIAS: Há dezenas de agências em Pucón oferecendo o mesmo serviço. Procurar indicações é até difícil, pois muitas são boas. É melhor pesquisar pelas não recomendadas e evitá-las. No Fórum Mochileiros há bons tópicos sobre o assunto. O mais importante a se avaliar é o tamanho do grupo. Quanto maior o número de pessoas, menor a atenção que cada um receberá dos guias, o que diminui bastante a segurança. Nós escolhemos a Turismo Volcán Villarrica e não tenho nenhuma reclamação. Nosso grupo era pequeno e os guias experientes e gentis. Um deles subiu cantando diversas músicas brasileiras, de “Ai se eu te pego” a “Dança da Manivela”. Pagamos 33.000 pesos por pessoa, em fevereiro de 2012.

Veja todos os posts sobre nossa viagem ao Chile.

63 Comments

  1. Gostaria de saber qual a agencia que você fechou o passeio.

  2. QUAL MÊS VOCÊ FEZ A VIAGEM? EM FEVEREIRO TEM NEVE?

  3. Mylane Costa

    Otima sua postagem aqui sobre a subida no vulcão!!! Vou semana que vem e queria que tirasse uma dúvida. Melhor levar uma calça segunda pele ou aquela de tactel propria para trekking mesmo ?? Eles dão a bota ou tem que ir de tenis ou outro calçado?? Beijos

    • Camila Navarro

      Mylane, uma calça própria para trekking é melhor. Ao longo da subida o frio vai passando e talvez você passe calor com a segunda pele. Eu estava só com a calça que você vê nas fotos mesmo. A agência com que fiz o passeio forneceu as botas. Verifique isso na agência que escolher no dia antes. E depois volte aqui pra me contar como foi sua experiência!

  4. William Fialho

    Parabéns Camila pela coragem e pelo excelente relato!!! Estarei em Pucón em Novembro e pretendo subir o Villarica.

  5. Felipe Tortato

    Vamos fazer o passeio de subida ao vulcão villarica amanhã mas o preço já está em 85mil pesos.

    • Subiu muito, Felipe! Mas, além de já ter passado muito tempo, acho que o passeio sofreu algumas mudanças nos últimos anos. Será que mudaram as regras? Depois me conte se você descobriu alguma novidade!

  6. Marcela B. B.

    Adorei seu post! Acho que foi o melhor que li até agora! Estou indo em outubro e claroooo quero muito chegar até o topo. Como sou muitooo medrosa também, estou buscando inspirações… rsrsrsrs

  7. Oi Camila, muito bom relato! Me encorajou a subida ao vulcão. Vou contratar a agência que vc indicou. Vou ficar 3 dias em Pucon quero ver se faço rafting mais manero e relaxar nas termas depois. abração

  8. Deve ser emocionante, eu também não teria coragem de chegar tão perto.
    Quando era criança que falaram de vulcões pra mim, pensei, pq não enchiam eles de água e acabavam com todas aquelas brasas? Santa inocência!

  9. Juliana Neiva

    Oi Camila!
    Seu relato da subida está fantástico! A cada relato que leio, minha vontade de subir o vulcão só aumenta!
    Irei a Pucon em novembro, porém meu tempo está um pouco corrido…
    Você lembra quanto tempo mais ou menos demorou o passeio inteiro?
    É possível pegar o ônibus de volta a Santiago no mesmo dia?
    Obrigada :)

    • Juliana, a subida ao vulcão dura o dia inteiro. Como eu contei no post, saímos de Pucón às 7h e voltamos depois das 16h, mas dependendo do grupo, do tempo e de diversos outros fatores pode ser que acabe mais cedo ou mais tarde. Você até conseguiria pegar o ônibus noturno para Santiago, mas eu não recomendaria. Você estará exausta depois da subida e o mínimo que precisa é de uma boa noite de sono para se recuperar.

  10. Camila, esse passeio é permitido para crianças de 10 anos?

    • Patricia, no site da agência que usamos consta a informação de que só são aceitas crianças maiores de 12 anos. De qualquer forma, eu não aconselharia subir com crianças, pois é uma atividade que envolve certo risco.

  11. Daniel Alves

    Olá Camila. Estava navegando na net pra recordar minha viagem a Pucon e acabei aqui no seu site. Estive lá um pouco depois de você. Chegamos a Pucon no dia do acidente com o brasileiro e o mexicano. Tivemos que esperar 4 dias até liberarem as subidas, mas valeu a pena. Pra quem vai passar mais dias em Pucon, algumas dicas do que fizemos enquanto esperávamos. Rafting no rio turbio. Bão demais. Muito emocionante, apesar da água gelada. Outra boa pedida é alugar uma magrela e andar pelos arredores da cidade. Fomos até os Ojos de Caburgua, por uma estrada alternativa de terra, e voltamos pela estrada asfaltada. Um lugar maravilhoso ( mas são uns 40 km de pedalada, ida e volta). O passeio de barco pelo lago Villarica é bem bacana também. E pra relaxar, não se pode deixar de ir as termas, locais onde pegam as águas quentes próximas ao vulcão e represam em piscinas. No mais, parabéns pelo relato. É uma experiência única que recomendo. Abraços.

    • Oi, Daniel! Nós fomos aos Ojos de Caburgua de transporte público, o que não deixa de ser uma aventura. rsrs E fomos às termas no dia seguinte à subida do vulcão. Depois do esforço, era um passeio merecido. ;-)

      Obrigada por compartilhar suas dicas aqui!

  12. Ivan Schroll

    e que eu me lembre cheguei a pagar 17mil pesos no teleferico =[

  13. Ivan Schroll

    QUE LEGAL!!!!! parabens pelo post!! eu tambem subi ele e foi muito cansativo.. o problema é que estava muuuuuuuuuuuuito frio e os dedos congelavam com o vento.. la no topo tive que mexer no celular com a ponta do nariz porque meus dedos simplesmente nao eram reconhecidos pela tela touch do iphone rsrsrsrsrsrs mas valeu o sacrificio! muito cansativo… muito mesmo… me imaginei numa guerra subindo aquilo… muita concentraçao.. infelizmente minha namorada nao conseguiu subir e o guia tirou ela no meio do caminho…
    e na descida é isso mesmo.. é bem fofo.. meio estranho.. a gente desce correndo e brecando ao mesmo tempo…

    novamente parabens!

    abraços

  14. Adorei o texto! Pretendo subir ao Villarrica em fevereiro, e sua história me ajudou muito com algumas informações, e me animou mais ainda!

  15. Daniella Borges

    Olá,

    Eu simplesmente amei o seu post e me identifiquei muito contigo!

    Estou indo para Pucon no começo de Maio e gostaria de saber se você saberia me dizer se tudo funciona no dia 01/05(feriado do dia dos trabalhadores)? Gostaria de subir o vulcão esse dia!

    Outra dúvida que tenho é a respeito da mochila, eles emprestam também?

    Abraços!

    • Daniella, imagino que o feriado não seja um problema. O que impede mesmo a subida é o mau tempo, mas você pode confirmar entrando em contato com alguma agência (o link para a que eu contratei está no final do post). Eles emprestavam mochilas sim. Eu usei a minha, mas meu marido usou a da agência.

  16. Camila
    parabéns pelo blog;

    Duvida: em que mes do ano vc fez a subida?
    Obrigada

    • Renata, foi em fevereiro. Vou até colocar essa informação no post, pois é a dúvida de muita gente. :-)

      • Sim afinal todo brasileiro quer ver um pouquinho de neve ne?

        • Renata, quanto a isso, não precisa se preocupar! O Villarrica tem neve o ano todo, pelo menos no topo. Em fevereiro só havia neve velha, do inverno passado, que nem é fofinha, mas um gelo escorregadio. Se você for antes, pegará neve mais recente. Dê uma olhada nos outros comentários, tem uma pessoa falando como é em novembro, por exemplo.

  17. Oi Camila, pretendo ir pro Chile em Março. Estou louca pra subir o Vulcão Villarica, mas o quê me preocupa mesmo é a descida, nunca fui muito fã de skibunda, morro de medo de não conseguir frear. Alguma dica? Parabéns.

    • Fabiana, na descida é até fácil controlar a velocidade. É só você ir sempre devagar, sem acelerar muito para ter que frear no susto. Eu desci sem pressa. No começo dá um pouco de medo, mas logo a gente pega o jeito.

  18. Parabéns pela coragem!
    Vou subir nas minhas próximas férias. Espero ter um bom preparo até lá, pois sou muito sedentária e ter bastante coragem.
    Medo todo mundo tem, mas enfrentá-lo aí é outra história! Adorei!

    • Su, não é preciso ser nenhum esportista, mas um bom prepar físico ajuda bastante. É preciso fôlego para enfrentar as subidas quase sem pausas para descanso. E, quanto ao medo, até eu consegui! ;-)

  19. ola, vc acha que uma criança de 12 anos pode tentar subir (se nao aguentar desço com minha filha ) obrigado

    • Caue, eu não vi nenhuma criança quando estive lá, mas não sei se exigem uma idade mínima. Eu não aconselharia, não pela dificuldade física, mas pelos riscos que a atividade oferece, mas essa é minha opinião pessoal. Converse sobre o assunto na agência que escolher. Os guias com certeza poderão te dar nformações mais precisas que eu.

  20. Parabéns! Quando subi foi no mês de novembro, no entanto, todo esse cenário (desde a base) estava coberto de neve ainda. Sim, dá medo, e a gente vê que não é pra qualquer um. Não é exatamente uma simples caminhada como dizem, e a descida é tão perigosa quanto a subida, mas estar naquele topo sem dúvida é a grande recompensa no fim das contas.

    • Fernando, há quem diga que a subida é mais segura quando o vulcão está coberto de neve mais fresca, pois escorrega menos. Mas, com muita ou pouca neve, a chegada ao topo é mesmo recompensante! :-)

  21. Olá Camila, muito bom o seu blog e seu texto sobre a subida ao Villa Rica , muitas dicas e explicações sobre o trajeto. Estarei em Pucon no final desse mês e estou pensando em fazer a trilha até a cratera do vulcão. Você foi em que época?
    Obrigada.
    Aedê

    • Aedê, eu fui no verão, em fevereiro. Teoricamente a subida pode ser feita durante o ano todo, mas depende das condições no dia. Se o tempo fecha, fica perigoso. Procure uma agência quando chegar lá para saber se vai ser possível.

      Um abraço! E boa viagem!

  22. Rodrigo Muñoz A.

    Camila, tal vez foi uma má expressâo de mim em dizer ” Vai conseguir mesmo”, você vai conseguir voltar novamente pra esse topo e que você volte sempre para Pucón, se da pra entender? seu site foi otimo para aprender um bom portugues, Parabens Camila, Parabens.

  23. Rodrigo Muñoz Aguilera

    Parabens Camila tenha certeza que você na próxima vai conseguir mesmo, eu sou Rodrigo moro aqui em Pucón, sou montanhista e estive lendo o seu site para fazer as minhas aulas de Português em uma escola pertinho da minha casa aqui em Pucón , volte sempre pro Chile, deixo você o meu email : rodrigonatacion@hotmail.com
    Bjs

    • Oi, Rodrigo! Então você mora em Pucón? Que legal! Deve ser uma delícia morar em uma cidade tão bonita e interessante. Só não entendi o que você quis dizer com “na próxima vai conseguir mesmo”. Eu não desisti, não! Fui até o topo do Villarrica!

      Abraço!

  24. Denise Watson

    Adorei o seu site. Estamos planejando essa subida ao Villarrica e suas informações e tips são muito úteis! Obrigada

  25. Carolinefcda

    Com certeza eu não me animaria…. Mas maninha, fico até orgulhosa de ver como vc foi forte…hehe…

    • Nina, pelo que te conheço você pararia no meio do caminho (ou no início?), sentaria e ficaria nos esperando. rsrs

      Beijos! Pode vir aqui comentar mais, viu? ;-)

  26. Eu, hein… Já empacaria na hora do teleférico.
    Medrosa, eu?
    😉

  27. Que legal Camila, estou boba que eles não te deram aquelas garrinhas de metal de colocar no tenis, sabe? Teria sido muito mais fácil de andar na neve, quando fizemos a Franz Josef Glacier, eles nos deram e foi essencial, a machadiha só ficava com o guia… mas o passeio foi mais light que esse de vocês!!!
    AMEI…

    • Mirella, as garrinhas são o tal do crampon, né? Levamos sim! Estava na mochila, mas o guia falou que com a quantidade de neve que havia não era preciso usar. Mas talvez ficasse mais fácil com elas, né? Eu nunca usei, mas imagino que fique bem menos escorregadio.

  28. Puxa! mas que experiencia incrível heim? Vocês foram muito corajosos, eu não teria esta coragem toda. Mas que paisagens! parece até que a gente fica sem fôlego!
    deve ser esta sensação, não é mesmo? Parabéns pra vocês! estou adorando ler os seus relatos. Lídice

    • Oi, Lídice! É essa mesmo a sensação! Na subida a gente fica sem fôlego pelo cansaço e lá em cima pela linda paisagem ao nosso redor e pela enorme cratera do vulcão! ;-)

  29. Camila que incrivel! Fiquei com medo tb ao ler seu post mas fiquei morrendo de vontade de subir tambem! A visão da cratera e da paisagem lá de cima é incrivel!!! Post favoritado! Espero poder fazer isso um dia! :-)

  30. Bruno Cardoso

    Seu melhor post sobre o Chile até o momento. Claramente. Como adoraria ter estado no seu lugar e ter subido no topo desse vulcão magnífico, ainda fumegante, e contemplar aquela imensa vista que já deu pra ver em algumas de suas fotos. Uma aventura e tanto. Belo relato e fotos extenuantes.

    • Obrigada, Bruno! Eu estava enrolando para escrever esse post. Faltavam palavras para descrever a experiência, a mais impactante de toda a viagem. Espero ter conseguido transmitir um pouco do que vi e senti naquele dia.

  31. Que aventura! O passeio parece ter sido ótimo, mas eu teria uma pontinha de medinho!!! :)

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