Dizem que todas as mulheres se apaixonam por Sintra, pois lá nós nos sentimos como princesas em um conto de fadas. Eu não sou lá muito romântica, mas imaginava que iria mesmo me apaixonar pela cidade. E fui totalmente influenciada pela Patricia, do blog Turomaquia, quando decidi que iria dormir em Sintra. A paixão dela foi que me contagiou e suas razões para não tratar Sintra como um simples bate-e-volta terminaram de me convencer. A empatia por um lugar é totalmente pessoal e imprevisível, mas, sendo mais racional, não dá para negar que poucas horas não são suficientes para se conhecer pelo menos as principais atrações da cidade. E eu já sentia que Sintra seria um daqueles lugares pelos quais eu caio de amores fácil. Para não ter erro, reservei duas noites por lá, para que tivéssemos a tarde da chegada e mais um dia inteiro para explorar tudo com calma. Foi o tempo perfeito! Não deu para conhecer tudo o que a região oferecia, mas foi o suficiente para fazermos tudo o que queríamos.
Chegamos a Sintra no meio da tarde. Nosso hotel ficava ao lado da estação de trem e foi só o tempo de deixarmos as malas no quarto para que começasse a chover. Bateu aquela vontade de nos refugiarmos do frio num quarto quentinho, mas espantamos a preguiça e decidimos que estávamos na chuva para nos molhar. Pegamos um táxi na estação e fomos para a Quinta da Regaleira, que, como as outras atrações de Sintra, merece um post exclusivo. Ainda bem que nossa coragem foi recompensada. Assim que descemos do táxi e abrimos o guarda-chuva, a chuva parou de cair!
Tivemos ainda mais certeza de que a sorte estava ao nosso lado quando colocamos o pé na rua para ir embora e a chuva recomeçou! A trégua aconteceu apenas no tempo exato da nossa vista à Quinta da Regaleira. Apesar da chuva e do frio, seguimos em frente, com o guarda-chuva aberto, dessa vez a pé. Naquele final de tarde ainda teríamos tempo para conhecer uma outra atração famosa de Sintra: a Piriquita, a pastelaria mais famosa da cidade. Com o tempo horrível que fazia no lado de fora, não era de se estranhar que as mesas lá dentro estivessem lotadas, mas conseguimos um espacinho no balcão para experimentar os deliciosos Travesseiros de Sintra. E pudim de laranja, queijada, pastel de Cruz Alta… Mas eu já falei muito sobre os doces de Portugal aqui no blog e, se quiser passar vontade, é só correr lá no post sobre eles!
O dia seguinte amanheceu ainda nublado, mas foi melhorando conforme as horas passavam. Pela manhã aproveitamos para conhecer o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena.
Voltamos para a cidade na hora do almoço, a tempo de curtir bastante o céu azul. A caminhada da região da estação ferroviária, onde estávamos hospedados, ao centrinho da cidade é curta (pouco mais de 1 km) e o caminho é super agradável, pela Volta do Duche. Parte do trajeto é enfeitado com obras de arte, uma verdadeira exposição ao ar livre, perfeito para um passeio sem pressa.
E nesse caminho ainda há outras atrações, como uma vista linda da cidade e mais um lugarzinho especial para conhecer os doces típicos de Sintra: a Fábrica das Verdadeiras Queijadas da Sapa. As tais queijadas não devem ser produzidas há mais de duzentos anos à toa, né? Com essa orgia de doces que acontece em Portugal, é bom mesmo fazer muitos percursos a pé. ;-)
O final da nossa caminhada era o Largo Dona Amélia, onde fica o Palácio Nacional de Sintra, o prédio mais imponente da cidade. Deixamos para visitá-lo mais no final da tarde, quando o número de turistas já era bem menor.
Enquanto isso, ficamos só curtindo o clima e a vista da cidade. A praça principal é cercada por mata e por construções às vezes até excêntricas que lembram mini-castelos. E dá mesmo para avistar antigos castelos a partir dali. Olha só o Castelo dos Mouros no topo da primeira foto!
Durante o dia as ruas estavam lotadas de excursões, mas, à medida em que as horas iam passando, Sintra ficava cada vez mais vazia. A maioria dos turistas faz apenas um bate e volta e retorna para Lisboa no fim do dia, o que significa que aqueles que ficam mais tempo têm a chance de ver a cidade de um jeito tolamente diferente. Aproveitamos aqueles momentos de quase solidão para percorrer suas vielas vazias e entrar nas lojas já desertas. Até a Piriquita já estava tranquila! Ainda degustamos mais uma ginjinha, da qual eu já falei aqui, dessa vez num copo de chocolate, mais uma indicação da Patricia.
Apesar da enorme quantidade de atrações ao seu redor, Sintra é também um lugar para passear sem pressa entre um castelo e outro. É tanta coisa para ver que, indo e voltando no mesmo dia, não sobra tempo para curtir essa gracinha de cidade. Então fica a dica: Sintra merece muito mais que um bate e volta!
Para ler tudo o que já foi publicado sobre Portugal no Viaggiando, clique aqui.
Muito boa esta descrição da Vila de Sintra. Obrigado pela partilha e sejam benvindos a Sintra !!!
Obrigada aos sintrenses (é assim que se fala?) que nos receberam tão bem!
Fica outra dica, levar sapatos bem confortáveis, porque Sintra é para descobrir a pé, e como pode ter as 4 estações num dia, é possível que encontre muitas zonas escorregadias.
Boa dica, Tânia!
Camila, com todo esse nosso envolvimento com o Projeto 198 Livros fiquei devendo as visitas aos posts de Portugal… E que delícia rever a minha amada Sintra aqui! Estive lá apenas para um bate-e-volta, como a maioria das pessoas, logo no 2o. dia da VAM, e não foi difícil perceber que seria sensacional me hospedar lá para curtir a cidade mais devagar, como ela bem merece!
Carla, eu mesma estou em falta com os posts de Portugal! O projeto está sendo tão legal que eu tenho que me segurar para não falar só dele por aqui. Estou tendo que me policiar ou daqui a pouco o Viaggiando deixa de ser um blog de viagens! rsrs
É verdade! Mas acho que é fruto mesmo da nossa empolgação inicial… ;-)
Eu devo uma visita com pernoite a Sintra, e a mim logicamente. Conheci a cidade num dia de muita neblina e não vi nada :( Ficou aquela sensação de que não conheci a cidade, o que é verdade de uma certa forma. E a cada foto que vejo de lá meu coração aperta mais. Perdi realmente de ver o quão linda é essa cidadezinha.
Liliana, eu também peguei muita neblina lá pela manhã, mas felizmente durante o dia o tempo clareou. Acho que é bem típico da região, por causa das montanhas e tal, mas dá muita raiva, né?
Sintra é um sonho que se tornou realidade!
Lindas fotos, lindo texto. Amei. Parabéns, Sintra é realmente mágica.
bigviagem.com
Obrigada, Kátia!
Sintra é mega fofa! No fim de semana eu fui a um casamento no palácio de Monteserrate. Foi duplamente especial. Pela cerimonia em si de dois amigos queridos, e pelo local super lindo e cheio de história.
Ai, um casamento em um dos palácios de Sintra deve ser uma coisa linda! O casamento, a lua de mel, as bodas… rsrs
Patricia, se não fosse por você, eu também teria só passado correndo por Sintra. É claro que eu iria te agradecer! :-)
Estive em Sintra no começo de julho 2013 (há 20 dias) e realmente é uma cidade maravilhosa como você tão bem descreveu no seu texto e fotos. Se puder colaborar, deixo aqui uma dica para almoço, a Tasca do Manel, um restaurante minusculo numa pequena rua lateral á Câmara Municipal, a caminho do centro. Comemos sopa de entrada, bacalhau a lagareiro, dispensamos a sobremesa (que estava incluida) pois estavamos a caminho da Piriquita, vinho da casa, uma dose de Favaios (moscatel do Douro), tudo incluido em 9€!!! E o melhor foi almoçar em companhia de portugueses moradores locais já que não é um restaurante turistico. De turista ali, apenas a gente! Dica de familiares nossos portugueses!
Oi, Tati! Obrigada pela dica! Em Portugal se come muito bem e barato, né? E sempre há uma pastelaria para a hora da sobremesa! ;-)
Come-se e bebe-se muito bem! Rsrsrs!
Sintra me ganhou assim que pisei fora do trem ;) Obrigada pelo carinho com o Turo!
tava doida pra ler seu relato sobre Sintra. Sou uma que cometeu a besteira de fazer bate-volta. resultado: visitamos apenas dois castelos. mas, tudo bem, sei que é um lugar onde vou querer voltar e que ainda tem muito pra me mostrar. pelo menos vou poder matar as saudades das queijadihas da sapa!
Mirelle, o bom é que Sintra é tão perto de Lisboa e tão acessível que qualquer viagem a Portugal pode render uma escapadinha até lá. Sem contar que as queijadas da Sapa são sempre um ótimo pretexto! ;-)