Kuala Lumpur foi um brinde na nossa viagem pelo Sudeste Asiático, a típica cidade que aparece por causa de uma escala, da mesma forma que aconteceu com Istambul. Por ser um dos maiores hubs da região, Kuala Lumpur acaba entrando no roteiro de muita gente que nem planejava ir à Malásia. O bom é que a cidade consegue se encaixar perfeitamente em estadias curtas, pois tem um transporte público bem eficiente e atrações turísticas relativamente concentradas. Nós tivemos apenas uma tarde e um dia inteiro na cidade, mas foi tempo suficiente para conhecermos o que queríamos, mesmo sem ter planejado muita coisa com antecedência.
Chegamos no voo vindo de Hanói no LCCT (Low Cost Carrier Terminal), o aeroporto secundário no qual a Air Asia operava na época. Fomos para a cidade de ônibus, mas as informações que tenho já estão desatualizadas, pois desde maio de 2014 a Air Asia está operando no terminal KLIA2, que parece ser bem melhor que o anterior. No blog Esse Mundo é Nosso o Rafael dá o serviço completo sobre as opções de transporte do novo terminal. Dentre as opções disponíveis agora, eu usaria o KLIA Ekspres, que é o trem rápido que liga o aeroporto à KL Sentral, a principal estação de trem de Kuala Lumpur. No final do post eu falo melhor sobre ele.
Depois de devidamente instalados, começamos nossa turistagem por Kuala Lumpur. O primeiro destino era o mais óbvio possível: as Petronas Twin Towers (preferi deixar o nome das atrações de Kuala Lumpur em inglês porque é assim que a gente encontra tudo por lá). Como tínhamos pouco tempo na cidade, não nos planejamos para subir nas torres, mas ficamos satisfeitos só de conhecê-las por fora. Eu sou mais interessada em construções históricas e essa arquitetura moderna não costuma me atrair muito, mas ver as Petronas foi mais legal do que eu imaginava!
Ao redor das Petronas há um parque e é legal que há placas indicando os melhores pontos para fotografar as torres. Não é nem preciso quebrar a cabeça para descobrir de qual ângulo é possível avistá-las por inteiro.
Nesse dia nós cometemos um erro imperdoável: saímos do hotel com a bateria da câmera acabando e sem a reserva. É claro que só percebemos isso quando já era quase tarde demais. Como queríamos fotografar as Petronas à noite, deixamos a câmera quietinha na mochila e passamos a tirar fotos só com o celular. Enquanto esperávamos, demos uma volta no shopping que fica na base das torres. A gente não é muito fã de shoppings, mas para fugir do calor insuportável de Kuala Lumpur qualquer coisa era válida!
Quando a noite caiu voltamos para o ar livre. E aí as Petronas Towers estavam ainda mais fotogênicas! Foi até bom ter pouca bateria na câmera, caso contrário acabaríamos voltando pra casa com um monte de fotos repetidas. Foi como ter só 36 poses para gastar. :-)
Primeira tarefa cumprida, demos só mais uma voltinha e fomos para o hotel descansar. Deu para fazer esse trajeto todo a pé. Nosso hotel era bem fraquinho, mas até que era bem localizado.
No dia seguinte fomos conhecer outras partes das cidade. Pegamos o monorail na estação pertinho do hotel (Bukit Bintang) e descemos na estação mais próxima de China Town (Maharajalela). Começamos a caminhada pela Petaling Street, uma rua comercial cheia de lojas e barraquinhas. Não achei muito interessante, eram mais roupas e tranqueiras, mas até que não era um lugar muito bagunçado. A rua é coberta e no teto havia uns ventiladores que tentavam (sem muito sucesso) aplacar o calor.
O que eu mais goste foi de ver os templos por ali, tudo bem diferente do moderno centro da cidade. Não conseguimos nem saber o nome deste aqui embaixo, por exemplo, porque não havia nada traduzido.
O que eu queria mesmo por ali era ver o templo Sri Maha Mariamman. Há muito tempo eu tinha vontade de ver de perto um desses templos hindus, tão comuns na Índia e no Sri Lanka, e tive a chance de ter um gostinho em Kuala Lumpur. Não consegui tirar fotos boas, a luz e a posição não ajudavam, mas valeu a pena ir até lá. A riqueza de detalhes da fachada é impressionante!
Continuando nossa caminhada, passamos pelo Mercado Central, o Pasar Seni. No mercado não vi nada demais, mas gostei da arquitetura dos prédios da região, provavelmente herança colonial.
Passamos ainda pela enorme Mesquita Jamek. Não lembro bem se quando passamos por lá ela estava aberta para visitação, só sei que só a vimos pelo lado de fora.
Nosso próximo destino era a Merdeka Square, a Praça da Independência de Kuala Lumpur. Ao seu redor há várias construções históricas e a mais importante delas é o prédio do Sultan Abdul Samad, que abriga órgãos do governo. Pena que os lindos prédios não consigam competir com as enormes construções sempre presentes no horizonte da cidade ou mesmo com os ônibus de turismo estacionados por ali. A poluição visual acaba ofuscando a praça e os prédios históricos.
Quem está por ali costuma aproveitar para dar uma passadinha na Kuala Lumpur City Gallery, nem que seja para tirar a foto clássica na frente do prédio, mas compensa entrar para conhecer a exposição que conta a história da cidade. Minha parte preferida foi a enorme maquete iluminada de Kuala Lumpur que mostrava a cidade de dia e de noite. Muito legal! E lá ainda tem wi-fi liberada para os visitantes!
Nossos próximos passos foram por uma região cheia de atrações: National Mosque, Museum of Islamic Arts, Butterfly Park, Bird Park, National Planetarium e muito mais. Bom, já era meio da tarde e a gente estava com medo de perder a hora de voltar para o hotel, pois pegaríamos o avião para Istambul naquela noite, então nem tentamos ir aos parques. Na mesquita eu não entrei de birra mesmo. Kuala Lumpur tinha despertado meu lado feminista e eu não estava a fim de visitar nenhuma mesquita, que são lugares pouco receptivos às mulheres. No Museu de Artes Islâmicas nós até tentamos entrar, mas não aceitavam cartão de crédito ou dólares e a gente ficou com medo de gastar os últimos ringgits que tínhamos. Final de viagem tem dessas coisas, né? Então acabamos só andando por ali.
Quando terminamos esse passeio nós não estávamos muito longe da estação do monorail Maharajalela, mas para chegar até lá acabamos pegando um caminho nada amigável. Foi por puro desconhecimento mesmo. Passamos embaixo de uns viadutos, lugares meio vazios sem passagens para pedestres, cruzamos com uns tipos meio esquisitos… Deu medo! O engraçado é que esse trecho era entre a antiga estação de trem e a China Town, dois locais bem turísticos. Se soubéssemos que era assim não teríamos feito o caminho mais curto, mas o mapa não nos dá esse tipo de informação, né? Vale a pena ficar esperto para não cometer o mesmo erro que a gente!
No fim deu tudo certo e nós voltamos para o hotel sãos e salvos! Para voltar ao aeroporto pegamos o monorail na estação Bukit Bintang para a KL Sentral. Lá pegamos o KLIA Ekspres, o trem rápido para o aeroporto. A viagem custa 35 RM e leva 28 minutos até KLIA e 33 minutos até KLIA2. Ele é bem mais caro que os ônibus, mas é mais rápido e confortável. Ficamos bem satisfeitos com o serviço. Usando o KLIA Ekspres e dependendo da companhia com a qual você irá voar, dá para fazer o check-in e despachar a bagagem ainda no KL Sentral – confira os detalhes aqui. É uma super vantagem! Bom, só não é para nós, que viajamos levíssimos sem despachar. ;-)
Para ler tudo sobre a nossa viagem ao Sudeste Asiático, clique aqui.
Muito obrigado por citar o blog. Lindas fotos. Deu uma saudade <3
Não posso reler esses posts que já tenho vontade de voltar pra Ásia. =)
Que delicia né Camila, também amamos Kuala Lumpur, pelas fotos estivemos em praticamente os mesmos lugares !! rs
Você chegou a ir na Batu Caves ?? É fantástico também!
Queremos muito voltar!
Quando quiser dá uma olhada em nosso blog, fizemos uma matéria de lá também ! http://www.vegan4you.com.br
Abraços,
Juliana
Ah, eu precisava ter visto o post de vocês antes de ir, pois acabei não conhecendo nenhum restaurante vegetariano em Kuala Lumpur! Na verdade planejamos muito pouco, ou melhor, não planejamos nosso dia lá. Também era uma conexão rumo a outro destino e aí acabamos relaxando. Não fomos a Batu Caves. Tínhamos tão pouco tempo que preferimos nos concentrar só na cidade mesmo.
Beijos e obrigada pela visita!
Caramba, viu praticamente tudo q vi em dois dias! :)
Ah, mas você percebeu que um monte de coisa a gente acabou só vendo pelo lado de fora, né? No primeiro dia a gente viu só as Petronas mesmo, mas o dia seguinte era tudo meio perto, então deu pra ver muita coisa em pouco tempo.