Um dos passeios clássicos a partir de Yerevan, capital da Armênia, é o bate e volta a Garni-Geghard ou, para ser mais exata, ao Templo de Garni e ao Mosteiro de Geghard. As duas atrações costumam ser visitadas juntas porque menos de 10 km as separam. No total são percorridos menos de 80 km em todo o passeio, por isso ele é tão popular. Hoje eu vou contar como foi a nossa visita ao Templo de Garni e no próximo post eu falo sobre o Mosteiro de Geghard, pois são atrações bem diferentes.
Várias agências de Yerevan o oferecem o bate e volta e também é possível contratar um motorista particular facilmente no hotel em você que estiver hospedado. Foi o que fizemos. Nosso motorista não falava inglês, então a vantagem foi só mesmo o transporte exclusivo, mas pelo menos fizemos o passeio com mais liberdade. Tivemos a sorte de pegar um dia lindo e ao longo do caminho tivemos a companhia constante do Monte Ararat emoldurando a paisagem. Um luxo!
Nossa primeira parada foi no Templo de Garni. Chegamos lá cedo, por volta das 10h, e ele estava bem vazio. Andamos à vontade, sem disputar espaço para fotos com ninguém. Onde mais você visita um templo Helênico assim? Ah, os privilégios de se viajar para países menos badalados…
Acredita-se que o Templo de Garni foi construído no século I em homenagem ao deus sol Mitra. Vocês se lembram de que a Armênia foi o primeiro país do mundo a adotar o cristianismo, no ano 301? Nos anos seguintes praticamente todos os templos pagãos foram destruídos. O único que ficou de pé foi o Templo de Garni, apesar de ter perdido sua função original. Ele é também a única construção Greco-Romana que resta na Armênia nos dias de hoje.
O templo está localizado na cidade de Garni. Ele fica à beira de um penhasco sobre o Rio Azat, o que garante lindas paisagens. Estivemos lá no início de abril e os picos das montanhas ao redor ainda estavam bem nevados. Naquele dia frio e ensolarado a visão que tínhamos era um espetáculo! O passeio já valeria a pena pela vista do lugar.
O Templo de Garni foi destruído por um terremoto em 1679, cujo epicentro se deu justamente em Garni. Várias construções em Yerevan e arredores também foram destruídas. O templo foi reconstruído na década de 70, utilizando em grande parte suas pedras originais. As pedras claras são as mais novas, facilmente reconhecíveis.
A área em que está localizado o Templo de Garni é habitada desde o tempo Neolítico. Andando por lá a gente vê também ruínas de uma antiga fortaleza, de uma igreja do século IX, de uma terma romana e diversos outros vestígios da ocupação do terreno ao longo dos séculos. A terma está coberta por uma estrutura mais recente, mas fechada ao público. Pela janela a gente consegue ver parte de seu mosaico.
Nós não tínhamos muitas informações sobre o local e ficamos andando meio que sem rumo. A atração principal é o próprio templo, claro, mas acho que teria sido interessante fazer a visita com a companhia de um guia. Com certeza teríamos aproveitado muito mais o passeio.
É possível visitar o Templo de Garni todos os dias a partir das 10h. No verão há visitas noturnas. Não consegui confirmar os horários de fechamento, mas em alguns sites consta que é 17h no inverno e 21h no verão. Parece que à noite há um espetáculo de som e luzes. A entrada custa 1.000 dram por pessoa e 1.250 dram se a visita for noturna.
Fontes das informações históricas: Guia Lonely Planet, e Wikipédia (Temple of Garni).
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Adoro suas dicas, e como mencionei meses atras , já estou na reta final de uma viagem para três países do Cáucaso 🇦🇿🇬🇪🇦🇲 Incluindo as duas repúblicas autônomas, Ajaria e Naquichevao , já agora para o mês de outubro ….. contei com todas as dicas possíveis inclusive as suas. Obrigado
Te desejo uma excelente viagem! E espero que você volte aqui depois para me contar como foi. Ah! Tente visitar Garni com um guia. Acho que é possível contratar na portaria por 2.500 dram.