Cochem, charme alemão no vale do Rio Mosel

Eu nunca tinha ouvido falar de Cochem. Tudo começou quando compramos uma passagem para a Europa com ida para Luxemburgo e volta de Praga. Havia a Alemanha no meio do caminho e um roteiro a preencher. Por lá eu só fazia questão de conhecer Berlim, o resto da viagem era um livro em branco, então passei na Viajoteca pra dar uma olhada nas dezenas de posts sobre a Alemanha para me inspirar. Um que me  chamou a atenção foi o post 15 cidades pequenas e charmosas para conhecer na Alemanha. Quem é que não gosta de incluir algumas cidadezinhas charmosas no roteiro? Eu adoro! Então fui olhando a localização de cada uma das cidades que a Martinha listou para ver quais estavam no nosso caminho. E lá estava Cochem, uma possível parada estratégica entre Trier e Colônia.

Cochem me parecia uma graça, uma cidade pequena que conseguiríamos visitar em pouco tempo. Verifiquei os horários dos trens e vi que poderíamos pegar um bem cedo em Trier, passar umas horas em Cochem e seguir viagem para Colônia. Perfeito! Só ficamos na dúvida em relação à bagagem. Eu não tinha certeza se existia um serviço de guarda-volumes na estação, mas preferimos arriscar. Como sempre viajamos sem despachar, nossas mochilas estavam leves. Não seria agradável, mas se fosse inevitável andaríamos com elas nas costas.

A estação de trem de Cochem é pequena e antiga e realmente não tem um guarda-volumes, mas a lanchonete supre essa carência. Por 4 euros deixamos nossas duas mochilas lá. Por falar nisso, a estação ferroviária de Cochem está precisando de uma reforma. Ela está bem caidinha e nada condizente com o charme da cidade. Nem mesmo uma sala de espera para embarque ela tem. Se alguém passou por lá recentemente, me conta se algo já mudou.

Chegamos a Cochem às 9h40. Era um dia frio e chuvoso de outubro, mas nem posso dizer que isso foi um problema. A falta de sol não tirava o charme da cidade. Acho que nenhum clima ou estação seria capaz de tirar e é isso mesmo que a Martinha diz sobre Cochem no seu post na Viajoteca. Aposto que as fotos farão vocês concordarem comigo.

Cochem é uma daquelas cidades que nos fazem lotar o cartão de memória da câmera com um monte de fotos que depois nos parecem todas iguais. Mal saímos da estação ferroviária e já fomos brindados com diversas imagens dignas de cartão-postal. Eu não resistir e tirei dezenas de fotos de ângulos ligeiramente diferentes. Vou tentar poupá-los da repetição e selecionar apenas algumas para colocar aqui, mas confesso que descartei algumas morrendo de dó. Ô lugar bonito!

As fotos já devem ter entregado que o Castelo de Cochem é sua maior atração turística. Ele está lá, onipresente no alto de um morro, chamando atenção de onde quer que se olhe. Nossa meta era chegar até ele e no caminho fomos conhecendo outros cantinhos charmosos da cidade.

A paisagem logo sumiu quando saímos da beira do rio Mosel e adentramos o centrinho de Cochem. Como todo centro histórico que se preze, o gostoso é andar por ele sem rumo, contornando as vielas tortuosas, se perdendo e muitas vezes retornando ao mesmo lugar.

Nesse vai e vem, de uma forma ou de outra a gente acaba chegando à praça principal, a Markt. Ela é cercada por prédios históricos típicos da arquitetura alemã. Quando eu pensei numa viagem pelo interior da Alemanha, era exatamente isso que eu esperava encontrar. Eu não tinha descoberto Cochem justamente numa lista de cidadezinhas charmosas?

Passamos por lá cedo e ainda não estávamos pensando em almoçar, então nem olhamos as opções disponíveis, mas ao redor da praça há alguns restaurantes e cafés. Cochem estava lotada de turistas de todo tipo: jovens e idosos, grupos e turistas independentes. Fiquei com a impressão de que a maioria era alemã, pois praticamente não vimos informações em outras línguas na cidade, inclusive nos restaurantes.

Reichsburg, o Castelo de Cochem

Seguimos em frente e logo chegamos à estradinha que nos levaria ao Castelo de Cochem, chamado Reichsburg. A caminhada foi rápida, coisa de 10 minutos, e foi um passeio bem agradável. A vegetação ostentava as típicas cores de outono que para nós, brasileiros, são tão raras e tantos nos encantam. E no meio do caminho tínhamos a melhor das paisagens: de um lado o castelo e do outro a cidade cercada pelo Rio Mosel.

Logo chegamos ao castelo e ingressamos no primeiro tour guiado que saiu, em alemão. O guia dava algumas informações em inglês entre uma e outra explicação e havia folhetos explicativos em diversas línguas, inclusive português. Há a opção de tour em inglês, mas eles são menos frequentes. É possível os horários e preços atualizados no site do Reichsburg Cochem. Também não vou elencar aqui fatos históricos e curiosidades sobre o castelo, porque, pra ser bem sincera, eu não me importei muito com isso. E essas informações vocês encontram em guias ou mesmo no site do castelo, né?

O tour foi legal, mesmo em alemão, o castelo é bonito, mas eu estava mais interessada na vista do lado de fora. Essa sim ficou guardada na minha memória.

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Há ainda uma outra forma de ver Cochem de cima, que é através do teleférico, o Cochemer Sesselbahn. Nós não fizemos esse passeio, mas parece ser legal.

Antes de ir embora, procuramos um lugar pra almoçar. A impressão que tivemos foi de que era tudo muito caro e de que não havia cardápios em inglês, então eu tinha que tentar adivinhar as opções vegetarianas. Para facilitar, fomos numa pizzaria perto da ponte, chamada Pomodoro. Não houve nada especial, era apenas um lugar que com certeza teria pelo menos uma opção vegetariana. Deu certo.

Partimos no trem das 16h19. Para o passeio que nos propomos a fazer em Cochem, o tempo foi mais do que suficiente. Foi um dia legal e bem aproveitado. Com mais tempo eu até gostaria de passar uma noite lá, pois sou bem fã de pequenas cidades históricas. Caso você planeje dormir na cidade, no Booking aparecem umas pousadas bem interessantes.

E assim seguimos viagem rumo a Colônia, nosso próximo destino na Alemanha. A passagem por Cochem com certeza deixou todo nosso roteiro pelo país mais interessante. E charmoso. =)

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